Pages

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Eu quero é botar meu bloco na rua

‘Há quem diga que eu dormi de touca, que eu perdi a boca, que fugi da briga,
[...] que eu morri de medo quando o pau quebrou... Eu quero é botar meu bloco
na rua’... [Sergio Sampaio].


A música é ótima, mas a letra, pra mim, atualmente, tem um cunho mais que especial, ela fala do novo comportamento 'Liista', quando falo assim  me refiro a mim, obviamente...
Esses dias, numa das minhas leituras sobre mundo e suas adversidades subjetivas, aquelas coisas que todo mundo acha que é perda de tempo, mas que pra mim é uma auto-análise fortíssima e tem me transformado, eu encontrei uma reportagem muuuuuuuuuito boa, o triste é que a reportagem não foi encontrada numa revista nacional, a reportage é da Elle européia.
A Elle portuguesa é uma revista bacanérrima. Impressionante como as européias não perdem tempo com assuntos idiotas tipo ‘como enlouquecer seu homem na cama’ ou ‘emagreça 5 kg em uma semana’, como vemos em nossas revistas. Na verdade acho que essas reportagens das revistas femininas brasileiras só demonstram o tipo de sociedade que temos, despreocupada com a mudança que queremos ver no mundo, dentre outras coisas...
Na edição de fevereiro da revista há uma matéria que fala sobre ‘os 7 hábitos de pessoas que botam os seus blocos na rua’, utilizando como fundo cultural a música brasileira "Eu quero é botar meu bloco na rua" de Sérgio Sampaio.
A revista fala, de uma maneira bem humorada, quais são as características das pessoas que botam seus blocos na rua, sendo elas: ser proativo, traçar metas e desenvolver planos para alcançá-las,definir prioridades, partilhar as conquistas [dando crédito a quem merece],entender o outro antes de tentar se fazer entender [o que poupa tempo e energia], saber delegar, cuidar da saúde [corpo e mente].
Sob esse diapasão, eu descobri um termo pra minha busca incessante, agora vou me auto-denominar "botadora de bloco na rua"(...rsrsrsrs) porque concordo em número, gênero e grau com a reportagem, sobretudo sobre o hábito número um: ser proativo, pois pessoas reativas vivem a mercê das emoções que os outros [ou as situações] lhes causam. A pessoa proativa age, a reativa apenas reage. ‘ Ser proativo não significa, apenas, tomar a iniciativa. É também assumir responsabilidade pelas decisões tomadas’.
A resvista faz a seguinte diferenciação de comportamentos:

A pessoa reativa sempre diz: ‘Não posso fazer nada’. ‘Eu sou assim e pronto’! ‘Ele me irrita’. ‘Não vale a pena’. ‘Nunca vou aceitar uma coisa dessas’. ‘Não posso’. ‘Preciso de...’. ‘Ah, se eu pudesse’.
A pessoa proativa sempre diz: ‘Vou procurar alternativas’. ‘Posso mudar de postura’. ‘Consigo me controlar [ ele não pode me tirar do sério]’. ‘Vou descobrir uma maneira de convencê-los’. ‘Vou já tratar disso’. ‘Quero’. ‘Vou começar a agir’.
Adolescentes costumam ser muito reativos, exatamente porque não tem ferramentas emocionais para lidar com situações que desconhecem. Porém, quando passamos a vida adulta, se faz necessário a auto-análise constante, tendo em vista a mudança de comportamentos prejudiciais, porque não tem nada mais demodé do que ser um adolescente grande em alguns setores da vida. Bom, eu já deixei a adolescência pra trás... disso eu tenho certeza, não somente peloas novas linhas desenhadas no meu rosto, mas principalmente pela nova postura que eu adquiri: a de jamais, nunca, never responder à agressões, mesmo às mais bobinhas... Nessa mesma linha de pensamento, aderi à uma nova religião, a Gnoses, que está sendo uma experiência incrível, mas isso é assunto pra outro post, na verdade o que quero dizer agora é que a religião tem uma frase maravilhosa que tenho usado em tudo na minha vida: "Dê razão a quem pede"

Confesso que quanto à 2.ª característica das pessoas botadoras de bloco na rua, eu ainda estou lutando, definir as metas e definir os planos pra alcançá-las é, de fato um ato de disciplina, mais do que de inteligência... Estou na busca...
Quanto às demais características, posso me orgulhar de já tê-las agregado ao meu dia-a-dia,  definir prioridades  pra mim, também é um ato dificílissimo, existem tantas coisas que queremos fazer, não é??? mas aí é que está o auto-conhecimento, a análise do que se quer primeiro e assim verificar a importância disso...
Partilhar as conquistas dando créditos aos participantes da vitória é um gesto grandioso e requer, assim como os outros, uma enorme dedicação e humildade, também não está no rol dos mais fáceis, mas é um dos mais gratificantes, assim as pessoas ao seu redor percebem que você consegue admitir falhas e isso só demonstra ainda mais auto-conhecimento e maturidade.
Entender o outro é a mais fascinante de todas as características, e essa admito que aprendi com as relações pessoais, e uso constantemente, inclusive no trabalho, na vida social e na amorosa, e aranto, FUNCIONAAAAAA!
Valorizar o sentimento alheio, mesmo daquele ser mais insignificante na sua vida, é saber administrar sentimentos e reconhecê-los, isso só traz mais sabedoria e bons acontecimentos.
Saber delegar é também muito importante, afinal é preciso ter liderança pra se construir a vida. E delegar, diga-se de passagem, não é mandar, portanto, delegar funções trata-se de um exercício de liderança e não de ditadura.
Finalmente a característica mais desenvolvida por mim...rsrsrsr... cuidar da saúde do corpo e da mente.
Nos últimos anos eliminei da minha vida 33 pesados quilos, e com ele foram embora muitas mágoas de pessoas, dores emocionais e trsitezas que só faziam mal ao meu espírito.
A pessoa que me tornei, mais leve e mais veloz (kkkkkk), percebeu que cuidar da alma é cuidar da vida, quem está bem consigo está bem o com o mundo e assim mudei totalmente minha alimentação e ritmo de vida.
Muitas pessoas se apegam à religiões pra fazer mudanças na sua vida, no meu caso, a religião apareceu pra somar a minha mudança que, embora lenta, já havia começado à 2 anos.
Não como açúcares, massas, doces, guloseimas, gorduras, frituras e afins, e acredite, estou muito mais feliz, mais dinâmica, mais vivaaaaa. sem falar no tratamento espiritual pelo qual passei.
Hoje em dia, depois de muito sofrer em busca de um caminho de auto-conhecimento, faço auto-análises constantes e descobri muito de mim, principalmente do que sou capaz e isso fez um booooom na minha auto-estima que agora faz juz à homonímia e de fato está mega altaaaa.
Depos de tudo o que aconteceu vi que mudar dá trabalho. Requer observação, disposição, treino, paciência e tolerância com os próprios erros. Mas vale a pena. O que se ganha? O conforto e a alegria
de caber na própria pele e tranquilidade para encarar os problemas.

Então agora o lema é que: eu não fujo da briga, eu apenas tenho prioridades! E convencer pessoas - mesmo as que mais amo! - de que elas estão equivocadas não é uma delas! Eu não sou obcecada, só tenho metas... E não é 'puxa-saquismo' é apenas valorização de quem de fato merece... Não é hipocrisia, é bom senso reconhecer que as pessoas, todas elas, tem sentimentos... Não sou inchirida, tenho liderança porque sei delegar funções... E não sou natureba, apenas cuido da minha saúde constantemente porque PREFIRO BOTAR MEU BLOCO NA RUA... 

2 comentários:

Felippe Cuyabano. disse...

BRAVO!

Parabéns Lia, sensacional!
Ótimo texto, ótima perspectiva.
Bjs!

Anônimo disse...

itapeba

Postar um comentário