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sábado, 21 de janeiro de 2012

...diagnóstico poético


...só sei que estou poetizando meus desencontros... sofrendo de poesia aguda...
...ao menos isso vira texto, rima... e depois a gente transcende, eu sei...

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

the shitman...


Nenhum dia é em vão, disso eu já sabia... mas hoje certamente percebi como algumas coisas podem nos fazer lembrar nossos sentimentos outrora esquecidos...
Hoje, minha veia militante saltou na garganta de novo, os olhos ficaram enfurecidos mais uma vez, as mãos ficaram trêmulas e geladas... era a indignação se manifestando fisicamente... e um ser iracundo surgiu dentro de mim... não que isso seja bom, na verdade nessas horas lamento não ter sangue de barata correndo nas minhas veias... mas é bom saber que eu ainda não fui corrompida e que jamais vou me render ao burro poder.
O fato é que ser ironizado e tratado como idiota por alguém que ocupa um cargo importante em uma instituição e que age com cinismo e ironia desde o momento em que você hipossuficiente demonstra sua fragilidade em não ter meios para se impor, e ainda te dá respostas genéricas nada objetivas apenas com o intuito de te enrolar é demais pra mim... não consigo ser subestimada, tenho que trabalhar isso, talvez com um analista um dia... mas agora, sinceramente o sentimento de indignação me impede até de raciocinar coerentemente porque vai aquém do meu entendimento compreender como um bossal consegue chegar ao poder e tratar a todos subestimando e ironizando... e se esquece do óbvio: ele está ali para te servir, e não o contrário.
Sobre isso, nada há que se fazer, o mundo se perdeu em meio a grana e joguinhos de poder, a tal política democrática que enche bolsos e forja servidão.
É isso, foi isso que senti, como se o neanderthal estivesse fingindo que estava nos servindo e toda vez que não sabia o que dizer preferia indicar que eu como estudante de direito deveria saber... aí já é demais...
Quase voei na careca do malandro, mas eu sabia que não podia... afinal ele é o pau no cu do filho da puta que manda em alguma coisa... (os palavrões liberam a raiva, alguém já me disse... rs)
Na hora que eu estava ali frente a frente com o cocô em gente eu me esqueci até das lições do mestre que dizem para não nos deixar ser tocados por qualquer idiota... não me orgulho dessa parte, quisera eu ter aplicado o ensinamento de dar razão a quem pedir... eu não podia, naquela hora meu corpo tinha vida própria porque eu só conseguia pensar em como isso é sério, em como essa sujeira se arrasta pelo mundo, pela cúpula do poder comandando e fingindo ser solícito... me enganando... nos enganando...
Não consegui aceitar que o shitman e seu diálogo político pudesse sair de cena rindo de nossa cara apenas por 10 segundos para depois nos esquecer eternamente e entrar no seu carro com ar condicionado e não resolver nosso problema enquanto quem paga sua gasolina somos nós... sim, baby, o cocô boy é funcionário público eleito. Mas eu juro que não votei nele, na verdade ainda nos votos eu permaneci militante evitando votar em ladrões e afins... não adiantou muita coisa pq muita gente sequer sabe diferenciar um político ladrão de um servidor pseudo- politizado com grana para se eleger e emanar poder...
Seja o que for eu não consigo, já evolui muito no quesito baixarias políticas, mas hoje não me contive, e disse: o Sr. Deveria parar de falar e nos ouvir um pouco....
Kkkkkkk, eu tenho que rir, foi a única coisa que consegui, no auge da minha raiva e absurdez com relação ao idiota que fingia estar nos ajudando, falar para o shitman que eu queria falar, aliás sem explicar o problema ele não iria poder ajudar... mas ele agia como se já sabousse e nem queria nos ouvir.... era só fingimento...
Então é isso, o cara é pago pra fingir que vai ajudar??? Pago pelo seu dinheiro, nosso dinheiro... nananinanão... eu não consigo... aliás estou assim, sensível para injustiças da cúpula do poder desde que descobri na pele que não adianta, ninguém lê o que vc pede, ninguém quer saber de ajudar de verdade, ou o que é pior, ninguém, absolutamente ninguém se preocupa com injustiças... o mundo é dos espertos, já diriam os mais radicais...
Então quer dizer que é esperteza ser um idiota e não fazer nem mesmo seu próprio trabalho???? Não sei lidar com isso também... ainda tenho muito o que aprender... eu sei.
Aliás quando paro para pensar nas dores do mundo dói em mim, de verdade... mais que cólica e mais que dor de ouvido... dói de verdade, fico mal de pensar em como as coisas são... em como ficarão.. o problema real então não foi exatamente a conversa com o cocôman, foi perceber quem está no poder... ninguém proativo, enérgico, forte, e ao mesmo tempo humanista, garantista, solícito, social... não... o poder é de idiotas com cocô na testa, que dizem: eu não vou entrar nesse mérito.... que riem quando vc está contando sua história... que não querem te ouvir... que fingem estar ajudando quando na verdade estão só engabelando, o poder é dessa gentalha cínica que não tem nada de inteligente, talvez de esperto, mas hoje em dia associo esperteza a falta de caráter... o poder é, sempre foi, da corja sagrada dos egoístas, na verdade um pouco antes da sessão cocógena com o bossal eu ate havia dito, competência é algo pessoal, particular... não é do órgão em si, é do humano... afinal quem presta o serviço é gente e depende dela querer fazer o melhor que puder, ou não.. ou ser um cocôman... depende da pessoa, de sua índole, de seu caráter... e não há padrões muito positivos até agora, acho que porque o poder meio que idiotiza as pessoas... ainda não vivi essa experiência... na verdade não sei se quero experimentar isso de ter poder e virar um idiota... será pré-requisito???
De qualquer forma, depois de hoje, do sangue fervendo e do sentimento de impotência perante um cocôhumano detentor de poder sinto que a gente não pode deixar as coisas como estão, sinto que devemos fazer algo... acho que o sangue de militante voltou a correr nas minhas veias, foi uma transfusão pós indignação... quando meu coração diminuir a frequência de seus batimentos e eu parar de tremer espero conseguir pensar no que fazer, quem sabe montar uma estratégia para me impor contra tudo isso, quem sabe entrar em um partido político, fazer melhor a minha parte, quem sabe... mas isso é assunto pra outro texto... por ora só um desabafo anti cocôs humanos no poder.



sábado, 14 de janeiro de 2012

As retóricas do recomeço


Nada no universo é tão proibido quanto perder, aliás mesmo isso, o perder é uma invenção daquelas mais humanoides, cheia de rótulos e dimensões equivocadas das concepções da vida... temos a obrigação de nascermos perfeitos, bonitos, inteligentes, temos a obrigação de ser robóticos e treinados para vencer... perder não pode entrar no dicionário de experiências saudáveis da vida cotidiana... perder é vergonhoso, dizem os mais críticos... perder é fraqueza, interpretam os arroaceiros de auto-estima... perder é feio... aprendemos desde criança... é a liquidez Baumânica da vida... quase o shamã dos sonhos impedindo os fracassos diários...
Agora me diga: sua vida é só vencer??? Vc nunca perde??? Se a resposta para as duas perguntas for sim, PARABÉNS... vc é um em milhares de reles mortais com a sina da perda em seu DNA, que perdem sim, talvez não muito orgulhosos, mas fortes o suficiente para recomeçar... Convenhamos baby, com toda a efemeridade da vida e a gangorra bipolar dos acontecimentos é impossível querer ser a todo tempo o maior dos vitoriosos e mesmo que nos sintamos cobrados pela sociedade líquida em ser o maior dos Power Rangers, é preciso saber lidar com as derrotas na mesma proporção que é preciso compreender a felicidade das vitórias... faz parte do mistério da vida compreender que nem tudo está ao nosso controle e mesmo as coisas mais simples que suponhamos poder controlar podem simplesmente não ser do rol das coisas controláveis... e o verbo perder começa a ter a possibilidade de ser conjugado...
Na verdade, perder não é a questão... o secreto consiste é no recomeço... o mistério está em o que fazer com a perda... o segredo está em como elaborar esse sentimento internamente e trabalha-lo de forma saudável a fazer parte do escudo que a vida vai formando em torno da gente... perder pode tanto ser um alicerce protetor como um elevador para o inferno... a diferença está na proporção que vc dá... acho que sou boa nisso... 
por ora, algumas perdas tem sido colecionadas por mim... humanoide que sou... onde corre sangue nas veias... e não há imutabilidade.. . creio, entretanto, que as retóricas do recomeço dão um bom enredo para o início de uma história com final feliz... afinal se é recomeço vc sabe mais ou menos onde errou e pode simplesmente não repetir o erro... e pode entender que algumas coisas, por mais dolorosas que sejam, fazem você crescer... de um jeito torto ou meio desequilibrado te fazer perder é o jeito que a vida tem de fazer ampliar seu escudo protetor e torna-lo mais preparado pra vencer... penso, acima de tudo, que estamos na vida para essas e outras coisas... pequenas lições, perdas e ganhos. Por ora, sou recomeço!!!



sábado, 7 de janeiro de 2012

Sim, eu sou poeta!!!


Por aqui, nas andanças poéticas dos diários de bordo encontrei-me com Manoel de barros, que considero fascinante, com uma liberdade e maturidade da poesia que o permite invencionices das mais belas... é a coragem em forma de palavra... o novo.... a reinvenção do seu próprio mundo... esses encontros devem ser aproveitados, sempre achei isso, sempre acreditei que aquilo que se vê, se for bom, deve ser incorporado no seu ser... no seu íntimo... e virar frase de efeito, clichê... lema, tema... eu me admito clichê... primeiro porque adoro essa palavra, segundo porque adoro frases profundas que encerram ou iniciam um café filosófico... e a de hoje foi: Poeta: sujeito que costuma comparecer aos próprios desencontros.
Não a primeira que vi, mas a que me decifrou na pequena manhã comum de um novo ano que se inicia... me entendi poeta, vai ver aprofundar-se em seu próprio mundo, mesmo quando ele está em trevas, é comparecer aos próprios desencontros, é estar ali e sofrer quando houver motivos... admitir erros, exercitar os medos... recomeçar de novo... aproveitando a beleza do aprendizado... vai ver, ser poeta é não fingir a perfeição, não correr de si mesmo e seus zilhões de defeitos... é acordar pela manhã e ser livre pra sentir seja lá o que for... não permitir que os zumbis bedelhosos, palpiteiros invadam seu universo querendo reclamar seu desencontro, seu vazio... também há poesia no vazio.. também há luz na escuridão... são opostos entrelaçados pelo liame do aprendizado... por hoje, nada de textos longos... por hoje, nada de reflexões muito densas, só a pequena grande felicidade de ser poeta nesse mundo líquido de correrias e frenesi, o koyaanisqatsi copolesco, frenesi das horas... a alegria de comparecer aos mais densos desencontros, quando a visão única é chão... quem foi que disse que a felicidade deve ser constante??? Acorde meu bem, nem o universo é constante... nem a matemática é exatamente exata, logo nós, reles humanoides seríamos absolutos??? As leis universais não nos faria essa maldade, é o efêmero que produz a arte da vida, é a oscilação da roda celestial que nos faz ganhar liberdade na amplidão, quando pisamos no chão.... por aqui nada de apologia à dor, apenas é imprescindível saber aceitá-la como parte do processo de evolução espiritual do ser... por aqui nada de depressões... apenas o entendimento de que ser poeta também é comparecer aos próprios desencontros.
por aqui a doce sensação de aceitação, o amor próprio na mais pura divagação. sim, eu sou poeta!

domingo, 1 de janeiro de 2012

Retóricas complexas de uma história sem enredo

Retóricas complexas de uma história sem enredo, autor e coautor, compondo a narrativa poética... entre datas, entre medos, tanta coisa, uma crônica escrita a quatro mãos... ela bossa nova, poetiza do cotidiano, meio pierrô, démodé e paradoxal, víscera de deusa, mulher e menina; ele rock ‘n roll, guitarra e voz, meio antiquado, de risadas tímidas, cabeça mestre... mágico dos mistérios, dono de um mundo onde volta e meia a convida a entrar... os dois: música e letra, melodia e canção, poeta e maestro compondo a mesma canção...(me.)

Je t'aime Mr. Cat... Je t'aime...