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sábado, 26 de junho de 2010

Fé.

"O tempo, de vento em vento, desmanchou o penteado arrumadinho de várias certezas que eu tinha, e algumas vezes descabelou completamente a minha alma. Mesmo que isso tenha me assustado muito aqui e ali, no somatório de tudo, foi graça, alívio e abertura. A gente não precisa de certezas estáticas. A gente precisa é aprender a manha de saber se reinventar. De se tornar manhã novíssima depois de cada longa noite escura. De duvidar até acreditar com o coração isento das crenças alheias. A gente precisa é saber criar espaço, não importa o tamanho dos apertos. A gente precisa é de um olhar fresco, que não envelhece, apesar de tudo o que já viu. É de um amor que não enruga, apesar das memórias todas na pele da alma. A gente precisa é deixar de ser sobrevivente para, finalmente, viver. A gente precisa mesmo é aprender a ser feliz a partir do único lugar onde a felicidade pode começar, florir, esparramar seus ramos, compartilhar seus frutos..."

(Ana Jácomo)

Dentro da gente, ué.



Muito feliz com a nova casa que encontrei.
Uma casa para minha fé, afinal!
consagrada pelos mestre astrais e pronta pra luta que me aguarda.
Totalmente armada com as armas de Jorge!
Cheia de otimismo e esperança...


O otimismo é a fé em ação!
À batalha! À batalha! À batalha!



quarta-feira, 23 de junho de 2010

COPA



segunda-feira, 21 de junho de 2010

Verba Volant Scripta Manent

ficou lá de longe observando toda aquela cena... não era a cena que a incomodava, eram as direções que ela não sabia...
e ela, de tanto querer olhar direções acabava que quase perdia seu foco...
mas, sabe zé, monodireção é pequeninice...
e ela no fundo, bem no fundo, sabia que tudo não passava de bullshit...
o que brotou ali, naquela fração de tempo, foi uma simultaneidade de sentidos sem sentido... uma praga disneylandiana adolescente.
mas do fio que tece diariamente brotam sentimentos que não cabem em palavras.
e ela já sabia que era maior que as meninices sem nexo, mas sabe Zé... ela ainda é menina às vezes...
E ainda tem os sonhos, esses são inexplicáveis...
Teorias ocultas indicam atividade vulcânica no plano astral, será?
Ela tem mesmo é uma necessidade de crescer. De fazer o novo na própria vida.
E sabe Zé, SER é difícil, bem difícil...
e Zé... talvez seja um sexto sentiddo... ela é boa nisso... sempre foi, principalmente depois que descobriu que podia ouvir e entender as estrelas...
ficou mais forte desde então. Era senhora de seu destino...
Conversava com seu medo e pedia calma.
Ficava insegura, mas falava pro espelho que ninguém podia com ela, porque ela era puro amor, e quem pode com o amor???
compreende, zé?


sexta-feira, 18 de junho de 2010

Ensaio sobre o adeus


Poema à boca fechada


Não direi:
Que o silêncio me sufoca e amordaça.
Calado estou, calado ficarei,
Pois que a língua que falo é de outra raça.

Palavras consumidas se acumulam,
Se represam, cisterna de águas mortas,
Ácidas mágoas em limos transformadas,
Vaza de fundo em que há raízes tortas.

Não direi:
Que nem sequer o esforço de as dizer merecem,
Palavras que não digam quanto sei
Neste retiro em que me não conhecem.

Nem só lodos se arrastam, nem só lamas,
Nem só animais bóiam, mortos, medos,
Túrgidos frutos em cachos se entrelaçam
No negro poço de onde sobem dedos.

Só direi,
Crispadamente recolhido e mudo,
Que quem se cala quando me calei
Não poderá morrer sem dizer tudo.

José Saramago

É com triste pesar que lamento infinitamente a morte do mestre José Saramago, não apenas pelas suas linhas longas e, por vezes, cansativas de seus livros maravilhosos, mas pela lucidez que tinha ao enxergar pela cegueira...
O mundo certamente ficará mais burro e mais cego também.
E como ele mesmo outrora havia dito, ele não morreu sem dizer tudo, porque sabia que não podia.
Ensaiemos o adeus que ficará eternizado pela sua lucidez.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Eu quero é botar meu bloco na rua

‘Há quem diga que eu dormi de touca, que eu perdi a boca, que fugi da briga,
[...] que eu morri de medo quando o pau quebrou... Eu quero é botar meu bloco
na rua’... [Sergio Sampaio].


A música é ótima, mas a letra, pra mim, atualmente, tem um cunho mais que especial, ela fala do novo comportamento 'Liista', quando falo assim  me refiro a mim, obviamente...
Esses dias, numa das minhas leituras sobre mundo e suas adversidades subjetivas, aquelas coisas que todo mundo acha que é perda de tempo, mas que pra mim é uma auto-análise fortíssima e tem me transformado, eu encontrei uma reportagem muuuuuuuuuito boa, o triste é que a reportagem não foi encontrada numa revista nacional, a reportage é da Elle européia.
A Elle portuguesa é uma revista bacanérrima. Impressionante como as européias não perdem tempo com assuntos idiotas tipo ‘como enlouquecer seu homem na cama’ ou ‘emagreça 5 kg em uma semana’, como vemos em nossas revistas. Na verdade acho que essas reportagens das revistas femininas brasileiras só demonstram o tipo de sociedade que temos, despreocupada com a mudança que queremos ver no mundo, dentre outras coisas...
Na edição de fevereiro da revista há uma matéria que fala sobre ‘os 7 hábitos de pessoas que botam os seus blocos na rua’, utilizando como fundo cultural a música brasileira "Eu quero é botar meu bloco na rua" de Sérgio Sampaio.
A revista fala, de uma maneira bem humorada, quais são as características das pessoas que botam seus blocos na rua, sendo elas: ser proativo, traçar metas e desenvolver planos para alcançá-las,definir prioridades, partilhar as conquistas [dando crédito a quem merece],entender o outro antes de tentar se fazer entender [o que poupa tempo e energia], saber delegar, cuidar da saúde [corpo e mente].
Sob esse diapasão, eu descobri um termo pra minha busca incessante, agora vou me auto-denominar "botadora de bloco na rua"(...rsrsrsrs) porque concordo em número, gênero e grau com a reportagem, sobretudo sobre o hábito número um: ser proativo, pois pessoas reativas vivem a mercê das emoções que os outros [ou as situações] lhes causam. A pessoa proativa age, a reativa apenas reage. ‘ Ser proativo não significa, apenas, tomar a iniciativa. É também assumir responsabilidade pelas decisões tomadas’.
A resvista faz a seguinte diferenciação de comportamentos:

A pessoa reativa sempre diz: ‘Não posso fazer nada’. ‘Eu sou assim e pronto’! ‘Ele me irrita’. ‘Não vale a pena’. ‘Nunca vou aceitar uma coisa dessas’. ‘Não posso’. ‘Preciso de...’. ‘Ah, se eu pudesse’.
A pessoa proativa sempre diz: ‘Vou procurar alternativas’. ‘Posso mudar de postura’. ‘Consigo me controlar [ ele não pode me tirar do sério]’. ‘Vou descobrir uma maneira de convencê-los’. ‘Vou já tratar disso’. ‘Quero’. ‘Vou começar a agir’.
Adolescentes costumam ser muito reativos, exatamente porque não tem ferramentas emocionais para lidar com situações que desconhecem. Porém, quando passamos a vida adulta, se faz necessário a auto-análise constante, tendo em vista a mudança de comportamentos prejudiciais, porque não tem nada mais demodé do que ser um adolescente grande em alguns setores da vida. Bom, eu já deixei a adolescência pra trás... disso eu tenho certeza, não somente peloas novas linhas desenhadas no meu rosto, mas principalmente pela nova postura que eu adquiri: a de jamais, nunca, never responder à agressões, mesmo às mais bobinhas... Nessa mesma linha de pensamento, aderi à uma nova religião, a Gnoses, que está sendo uma experiência incrível, mas isso é assunto pra outro post, na verdade o que quero dizer agora é que a religião tem uma frase maravilhosa que tenho usado em tudo na minha vida: "Dê razão a quem pede"

Confesso que quanto à 2.ª característica das pessoas botadoras de bloco na rua, eu ainda estou lutando, definir as metas e definir os planos pra alcançá-las é, de fato um ato de disciplina, mais do que de inteligência... Estou na busca...
Quanto às demais características, posso me orgulhar de já tê-las agregado ao meu dia-a-dia,  definir prioridades  pra mim, também é um ato dificílissimo, existem tantas coisas que queremos fazer, não é??? mas aí é que está o auto-conhecimento, a análise do que se quer primeiro e assim verificar a importância disso...
Partilhar as conquistas dando créditos aos participantes da vitória é um gesto grandioso e requer, assim como os outros, uma enorme dedicação e humildade, também não está no rol dos mais fáceis, mas é um dos mais gratificantes, assim as pessoas ao seu redor percebem que você consegue admitir falhas e isso só demonstra ainda mais auto-conhecimento e maturidade.
Entender o outro é a mais fascinante de todas as características, e essa admito que aprendi com as relações pessoais, e uso constantemente, inclusive no trabalho, na vida social e na amorosa, e aranto, FUNCIONAAAAAA!
Valorizar o sentimento alheio, mesmo daquele ser mais insignificante na sua vida, é saber administrar sentimentos e reconhecê-los, isso só traz mais sabedoria e bons acontecimentos.
Saber delegar é também muito importante, afinal é preciso ter liderança pra se construir a vida. E delegar, diga-se de passagem, não é mandar, portanto, delegar funções trata-se de um exercício de liderança e não de ditadura.
Finalmente a característica mais desenvolvida por mim...rsrsrsr... cuidar da saúde do corpo e da mente.
Nos últimos anos eliminei da minha vida 33 pesados quilos, e com ele foram embora muitas mágoas de pessoas, dores emocionais e trsitezas que só faziam mal ao meu espírito.
A pessoa que me tornei, mais leve e mais veloz (kkkkkk), percebeu que cuidar da alma é cuidar da vida, quem está bem consigo está bem o com o mundo e assim mudei totalmente minha alimentação e ritmo de vida.
Muitas pessoas se apegam à religiões pra fazer mudanças na sua vida, no meu caso, a religião apareceu pra somar a minha mudança que, embora lenta, já havia começado à 2 anos.
Não como açúcares, massas, doces, guloseimas, gorduras, frituras e afins, e acredite, estou muito mais feliz, mais dinâmica, mais vivaaaaa. sem falar no tratamento espiritual pelo qual passei.
Hoje em dia, depois de muito sofrer em busca de um caminho de auto-conhecimento, faço auto-análises constantes e descobri muito de mim, principalmente do que sou capaz e isso fez um booooom na minha auto-estima que agora faz juz à homonímia e de fato está mega altaaaa.
Depos de tudo o que aconteceu vi que mudar dá trabalho. Requer observação, disposição, treino, paciência e tolerância com os próprios erros. Mas vale a pena. O que se ganha? O conforto e a alegria
de caber na própria pele e tranquilidade para encarar os problemas.

Então agora o lema é que: eu não fujo da briga, eu apenas tenho prioridades! E convencer pessoas - mesmo as que mais amo! - de que elas estão equivocadas não é uma delas! Eu não sou obcecada, só tenho metas... E não é 'puxa-saquismo' é apenas valorização de quem de fato merece... Não é hipocrisia, é bom senso reconhecer que as pessoas, todas elas, tem sentimentos... Não sou inchirida, tenho liderança porque sei delegar funções... E não sou natureba, apenas cuido da minha saúde constantemente porque PREFIRO BOTAR MEU BLOCO NA RUA... 

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Rizoma de estrelas

"Manoelando eu desinvento as dores.
Elas são tão pequenas perto da ausência de charcos pra caracóis, que desaborreço.
Não me faltam paredes. Me esvaziam é lagartixas!
Talvez se eu fosse um prego torto, caco de vidro ou lasca de pedra,
Talvez assim, e só assim, as árvores me brotassem.
A imaginação, pois, é fruta.
E o desencanto, encantamento.
Nos quatro cantos, não há quem me desfaça do nada.
Prefiro hoje o nada, no lugar do tudo que me desorienta.
Manoelando, percebi que o ínfimo é glória!
A complexidade caiu em desuso, agora.
No meu mundo eu vou é pintar violetas, pra ter - em eterno - beija-flores por perto...
Eu vou é desofrer em rios; desacostumar o cio.
Eu vou é desenraizar!"

(Sylvia Araujo)


"Não gosto da palavra acostumada"
Manoel de Barros



Pela tangente segue uma vida que se ergue, em algum lugar aspirina. Paralelo a um horizonte de um eixo tão distante do caminho, da rotina. São rizomas de desinvenção. Platôs de solução. Deixando de ser árvore, rizomatizando... Desenhando as estrelas do seu próprio céu. Com tristezas óbvias de uma dor foucaultiana e descontruções Lipovetskas... No agenciamento da criação de respostas... onde o óbvio passa a ser o oculto. Sublimando e Transcedendo o impossível.
Táticas tântricas de superação. Fuga do controle hermenêutico da situação...
Dando a volta no seu próprio mundo todos os dias num movimento rotacional de gravitação e contemporaneidade. Sussurros alquímicos que salivam a mente frenética dos pensantes. Avatares de um futuro amanhã.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Pensamento Borboleta

by Salvador Dalí


sexta-feira, 4 de junho de 2010

A sociedade e o controle.

Um embate bem-humorado entre dois ícones dos estudos críticos da sociedade moderna. Com sua filosofia literária e metafórica, ambos traçam sua linhas de pensamento acerca da furura sociedade moderna. De um lado George Orwell com "1984" e seu olho totalitário que tudo vê, do outro Aldous Huxley com "Admirável mundo novo" e sua sociedade tecnológica, a coincidência entre ambos reside, entre outras coisas, na visão pessimista de uma futura sociedade controlada e estabelecida sob critérios captalistas e manipuladores, vale a pena ler os livros e verificar que tudo não passava de uma profecia... INFELIZMENTE!

















Veja o original em TEORIA DA CONSPIRAÇÃO