domingo, 11 de abril de 2010
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vida, arte, tempo, demolição e enredo... heterotopias do cotidiano, mil platôs
"Sei lá! Sei lá! Eu sei lá bem
Quem sou? um fogo-fátuo, uma miragem...
Sou um reflexo...um canto de paisagem
Ou apenas cenário! Um vaivém.
Como a sorte: hoje aqui, depois além!
Sei lá quem sou? Sei lá! Sou a roupagem
De um doido que partiu numa romagem
E nunca mais voltou! Eu sei lá quem!... "
"Eu não tenho enredo...
Sou inopinadamente fragmentária.
Sou aos poucos.
Assim eu sou sim e sou não. E aguardo com paciência a alegria dos contrários (...)
Porque não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido: eu não. Eu quero uma verdade inventada. (...)
Já que o mundo não tem uma ordem visível. E eu só tenho a ordem da respiração. Deixo-me acontecer.
Minha história é viver."
( Clarice Lispector adapted)
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