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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Essa coisa de se fazer ser...


Minha bagunça mora aqui dentro, pensamentos dormem e acordam, nunca sei a hora certa. Mas uma coisa eu digo: eu não paro. Perco o rumo, ralo o joelho, bato de frente com a cara na porta: sei aonde quero chegar, mesmo sem saber como! E vou. Sempre me pergunto quanto falta, se está perto, com que letra começa, se vai ter fim, se vai dar certo. Sempre questiono se você está feliz, se eu estou bonita, se eu vou ganhar estrelinha. Não gosto de meias palavras, de gente morna, nem de amar em silêncio. Eu tenho preguiça de quem não comete erros. Tenho profundo sono de quem prefere o morno. Eu gosto do risco. Dos que arriscam. Tenho admiração nata por quem segue o coração. Eu acredito nas pessoas livres. Liberdade de ser. Coragem boa de se mostrar. Dar a cara a tapa! Ser louca, estranha, linda, chata! Eu sou assim. Tenho um milhão de defeitos. Sou volúvel. Tenho tpm. Sou viciada em gente, chocolate, sorvete, praia. Eu vivo para sentir. Sou intensa, exagerada, atrevida, curiosa, doce, ácida, tenho milhões de reticências. Aprendi que palavra é igual oração: tem que ser inteira senão perde a força. E força não há de faltar porque aqui dentro eu carrego o meu mundo. Sou menina levada, sou criança crescida com contas para pagar. E mesmo pequena, não deixo de crescer. Trabalho igual gente grande, fico séria, traço metas. Mas quando chega a hora do recreio, aí vou eu... Escrevo escondido, faço manha, tomo sorvete no pote, choro quando dói, choro quando não dói. E eu amo. Amo igual criança. Amo com os olhos vidrados, amo com todas as letras. AMO. Sem restrições. Sem medo. Sem frases cortadas. Sem censura. Eu nasci assim: conheço o fim e improviso o meio. Falta de juízo? Não sei. Preciso sentir antes de pensar. Só depois ajo. E vivo como vive quem planeja: bato a cabeça do mesmo jeito. Arrisco. Machuco. Choro. Dou gargalhada. Costuro. Me reconstruo. Me conheço. :}
Nada do que eu fiz até aqui foi morno! Não gosto de nada quebrado a frieza. Gosto do que me gela a coluna e me esquenta a alma! Não me venha com meios termos! Meu cérebro só identifica e compreende termos inteiros. Eu vivo sentindo e na intenção de sentir e aquilo que não me acrescenta nada, que não me faz mudar meu estado de espírito e nem levantar o olhar também não me serve! Sou avessa a tudo aquilo que não me tira o fôlego!
Sou atrevida de nascimento e em muitos momentos calculista por escolha. Não gosto de reticências, só as minhas, dos outros prefiro pontos de exclamação. Nada em mim é básico. Talvez exista algo de normal apenas para disfarçar. Sei ser meiga e afável, mas também sei bem onde guardo a indiferença. Tenho ótima memória, principalmente para palavras pronunciadas e atitudes tomadas. Santa? Quando quero. Demônio? Quando preciso! E no meu livro da vida, rasgo páginas, colo outras e vou seguindo assim, dançando, conforme a música que eu mesma compus!

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