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quarta-feira, 9 de junho de 2010

Rizoma de estrelas

"Manoelando eu desinvento as dores.
Elas são tão pequenas perto da ausência de charcos pra caracóis, que desaborreço.
Não me faltam paredes. Me esvaziam é lagartixas!
Talvez se eu fosse um prego torto, caco de vidro ou lasca de pedra,
Talvez assim, e só assim, as árvores me brotassem.
A imaginação, pois, é fruta.
E o desencanto, encantamento.
Nos quatro cantos, não há quem me desfaça do nada.
Prefiro hoje o nada, no lugar do tudo que me desorienta.
Manoelando, percebi que o ínfimo é glória!
A complexidade caiu em desuso, agora.
No meu mundo eu vou é pintar violetas, pra ter - em eterno - beija-flores por perto...
Eu vou é desofrer em rios; desacostumar o cio.
Eu vou é desenraizar!"

(Sylvia Araujo)


"Não gosto da palavra acostumada"
Manoel de Barros



Pela tangente segue uma vida que se ergue, em algum lugar aspirina. Paralelo a um horizonte de um eixo tão distante do caminho, da rotina. São rizomas de desinvenção. Platôs de solução. Deixando de ser árvore, rizomatizando... Desenhando as estrelas do seu próprio céu. Com tristezas óbvias de uma dor foucaultiana e descontruções Lipovetskas... No agenciamento da criação de respostas... onde o óbvio passa a ser o oculto. Sublimando e Transcedendo o impossível.
Táticas tântricas de superação. Fuga do controle hermenêutico da situação...
Dando a volta no seu próprio mundo todos os dias num movimento rotacional de gravitação e contemporaneidade. Sussurros alquímicos que salivam a mente frenética dos pensantes. Avatares de um futuro amanhã.

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