sábado, 6 de fevereiro de 2010
"A garota do blog"
Passei os ultimos dias olhando para o tal do blog e pensando, “meu Deus será que me rendi a futilidade mais voyerista da internet e me tornei uma “garota do blog”? ( na verdade existe uma série dessas bem norte-futil-americanas que brasileiramente passou a se chamar a garota do blog. Sem mentira alguma, eu nunca vi essa série porque só o nome já me dá enjôos, por isso nem sei ao certo o que é ser uma garota do blog mas mesmo assim fiquei questionando minhas reais intenções de aderir ao movimento blogueiro. Claro que ao final da reflexão tive certeza que não era me tornar uma “Garota do blog”..(rsrsr). De fato, depois de percorrer vários blogs pela internet, e adicioná-los, é claro, ao meu “Blogomania” entendi que minhas intenções reais não passavam de um exercício de auto-conhecimento e partilha, muito comum aos escritores de gaveta. Bom, pelo menos comum à mim, confesso que já escrevi vários textos e praticamente “obriguei” os mais próximos a mim a lê-los, meu namorado, coitado, é o primeiro à ter que dizer aquele típico “ficou legal”..rsrrsrs. Daí resolvi fazer o inusitado, e me rendi sim ao blog e confesso que achei ótimo. Tudo bem que ainda não me adaptei ao ato de escrever sem saber ao certo pra quem e sem nem ter alguma certeza se alguém lerá seja lá o que estiver escrito, mas acredito piamente que Arnaldo Jabor também já teve essas crises existenciais de escritores de gaveta. Então de escritora de gaveta, passei à escritora de blog e aqui vou escrever sobre as coincidências que deixam a vida da gente mais intrigante. Vou escrever sobre o dia-a-dia, sobre mim mesma, sobre a vida. Então de blog, meu panorama além passa a ser meu divã virtual, pra eu me debruçar e escrever sobre as confusões que tenho em ser uma mulher real (ainda meio menina), cheia de temores e verdades estapafúrdias. Mas sinceramente, ando tão feliz que minha freqüência panorâmica se dará em ritmo de festa e comemoração, eu espero que por um longo tempo, dizem que pra escrever é preciso sentir uma certa dor, eu de alguma maneira concordo que algumas boas músicas são um pulo de cabeça na depressão, mas não concordo com essa afirmação, acho que posso sim escrever sobre os presentes que a vida tem me dado, afinal, sem ironias, a vida vem, sim, me presenteando com pessoas, oportunidades, dias de sol, nuvens douradas, chuva no calor, estrelas, cheiros deliciosos, vento no rosto (e olha que nessa cidadícula que habito o vento é coisa rara), risadas, descobertas, frios no estômago, arrepios, sabores, texturas e tantos outros presentes que não dá para enumerar! Estou muito feliz. E é uma felicidade tão boa de auto-estima inquieta e de uma canção para o corpo e a alma que me darei o presente de começar este ano me livrando de tudo aquilo que eu sequer desconfie que não tem mais significado para minha vida. Esta limpeza das gavetas da minha vida eu iniciei há mais ou menos uns dois anos, e no começo foi um impacto enorme, parecia que algumas coisas já faziam parte de mim. Mas, depois de muitas auto-análises e profundas crises de existência tenho revirado tudo e analisado todas as coisas pra ver se ainda merecem permanecer na minha vida. Trata-se de uma jornada para purificar a alma se livrando de tralhas, como já nomeou outra blogueira de plantão. Confesso que nessa jornada interna, se descobre muitas coisas meio dolorosas, como ter sido enganada por anos por alguém que você considerava sua melhor amiga, e coisas afins... Ou pior ainda, se você descobre que todos os que estavam ao seu redor sequer conheceram quem realmente você é, e agora já é tarde, eles não querem mais saber (isto é, se em algum momento eles quiseram, né?). Bom, mas talvez essa seja a resposta pra pergunta do motivo que levou à criação desse panorama: MOSTRAR UM CERTO ALÉM DE MIM ... de quem realmente sou, alguém que ficou meio submersa em noites lisérgicas e dias inúteis, e que agora tem tanta coisa pra comemorar de novas noites adocicadas e dias encharcados de magia cotidiana.
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