quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Das cores de mim
... quase um poema do possível, da extração da cor das horas e do passar interminável dos momentos, a cor é efêmera, tem dias que tá tudo azul, há dias que estou verde de fome, rosa de sutileza, amarelo de viver, e mesmo quando tá tudo cinza ainda há cor que é o que importa pro mundo não ficar sépia... E são tantas as cores de mim...
sábado, 9 de outubro de 2010
O correr da vida
O correr da vida embrulha tudo, já dizia Guimarães Rosa...
Fico tentada a escrever sobre tudo, ou pelo menos quase tudo... mas aí vem as obrigações, os milhões de afazeres da vida cotidiana e escrever acaba sendo impossível... (vc deve ouvir isso frequentemente, de fato estou repetindo esse discurso)
Mal sobra tempo pra escrever coisas bobas e raras como uma mensagem à um amigo, imagine parar pra dedicar um tempo danado a escrever um texto pra colocar todas as idéias que explodem na minha cabeça em um papel.
Há um turbilhão de assuntos que eu gostaria de opinar, produzir artigos de opinião mesmo, sabe? Escrever sobre política, segundo turno das eleições e palhaçada no horário eleitoral..., o clima que está uma loucura, praticamente todas as estações em um só dia como diz a Rô ..., o preço do alho que me deixou doida na última ida ao supermercado..., a violência no Rio de Janeiro insana e impulsiva exterminando crianças..., é tanta coisa... tantas idéias rondando minha cabeça, tantos livros que eu leio ao mesmo tempo e que acabo assimilando somente metade do que gostaria... tantos quadros que eu quero pintar... tanta arte que vem à mente e a falta de tempo do mundo capitalista batendo à minha porta junto com o peso dos verbos madrugar + estudar + trabalhar + estudar e talvez comer + dormir + agregados... é a correria da vida que embrulha tudo mesmo... Guimarães Rosa estava certo... é efemeridade “all the time”... é a loucura dos dias passando voando sobre nossas cabeças adormecidas guiadas por um sabe se lá de onde e do quê piloto automático...
De fato o único problema é que, embora escrever faça parte dos meus planos diários, infelizmente ainda não consigo prover minha renda dessa infinita e maravilhosa arte da letra, o que sobra é uma vontade absurda de colocar no papel milhões de coisas doidas que penso toda hora sobre tantas das coisas que acontecem.
E ultimamente tem acontecido tanta coisa absurda que as coisas doidas que eu penso estão parecendo normais. Só sei que tem humorista virando deputado e ladrão tentando ser de novo. Sei também que tem político fazendo campanha apelando pra baixaria e falácia que nem eleição pra reitor em universidade monopolizada pela corrupção de folders sobre vida íntima de adversário entre outras coisas...
Sei que o Rio de Janeiro está mais perigoso do que Afeganistão em tempos de guerra e que tem criança morrendo com tiro a queima roupa na porta de casa.
Mas infelizmente não dá tempo pra gente parar pra ficar pensando nisso... nossa vida também está correndo junto com o tempo... nossa vida não pára que prestemos atenção no que acontece ao nosso redor. Estou tentada a acreditar que esse individualismo é curso natural de nosso processo de evolução (será ?!).
Sei mais do que tudo que embora o mundo esteja de ponta cabeça, não dá pra permitir que nossa vida fique de pernas pro ar também, então nos apoderamos do discurso da falta de tempo pra nos confortarmos com nossa inércia diante dos acontecimentos do mundo.
De fato, grande parte das coisas que acontecem são para nós inalcançáveis e não podemos fazer nada acerca da situação, entretanto, o que eu acho inevitável é parar pra pensar acerca do que ocorre em volta de você mesmo, e ao mesmo tempo olhar pra si e perceber seu papel no mundo como alguém que não pode ficar alheio.
Participar ativamente da sociedade não é somente pensar acerca das coisas que acontecem, mas certamente fazer esse exercício é grande parte do processo, porque se não compreendemos o que está acontecendo ao nosso redor não sabemos que atitudes devemos tomar, e para participar tomando atitudes é necessário pensar acerca do que se vai fazer.
Sob esse contexto é que penso que há sim um comodismo de grande parte das mentes pensantes em dedicar seu tempo ao reflexo acerca do que acontece fora de si, o mundo exterior tem parecido cada vez mais distante de nós. Mas há também uma parte dos seres pensantes que sequer percebem o que acontece ao seu redor, estão adormecidos ou pelo correr da vida embrulhante e ácido, ou pela pura ignorância proposital ou não. E a porcentagem da população que me da medo é justamente a adormecida propositadamente, a que não vê nada ao seu redor porque não lhe convém ver, é o puro egocentrismo.
Tenho certeza que estou longe de ser um Carlos Minc no que diz respeito à postura socialmente correta (faço o que falo e etc.) (pelo menos até onde eu sei... vai saber...), mas não vendei meus olhos diante do mundo, aliás quanto mais eu olho pra o que há em mim, mais fico aberta a compreender o que acontece fora de mim.
Parece papo de professor de Yoga, e até acho que seja, mas estou numa vibe de autoconhecimento por causa da Gnoses (que eu já mencionei outra vez, mas nunca detalhei, ainda é incógnito também pra mim), então minha mente tem funcionado mais ou menos numa de pintar quadrinhos coloridos em casa e fazer arte sustentável com recorte de revista, vendo a vida com olhos impressionados com a rapidez com que tudo passa e vai embrulhando os valores da gente. Daí, nessa onda mais serena, optei por não ficar alheia ao universo que existe fora de mim, mas pra entendê-lo, percebi que precisava entender primeiro o que havia em mim (papo de filósofo, agora) e estou passando por um processo de vida dupla, uma de dentro e uma de fora (papo de bipolar dessa vez, rs.) tentando compreender o mundo e as coisas sem deixar inerte o incontrolável questionador que existe em mim.
Pode não dar tempo de escrever tudo que eu penso, talvez justamente porque eu pense muito e as vezes até perca as divagações, talvez fosse preciso andar com um bloquinho de anotações, aliás como seria bom se nosso cérebro registrasse tudo e passasse pra um pen drive depois, né? (rs.)
Mas o que realmente importa é não deixar de perceber o mundo ao redor, não ficar cego diante das injustiças, dos erros, das impunidades, da violência, da corrupção (que também é uma forma de violência). O que de fato importa é não deixar o mundo acontecer fora de nós sem perceber que fazemos parte dele e precisamos nos auto-conhecer pra entendê-lo. É participar da criticidade, sabendo em quem está votando e porquê, sabendo o nome do seu prefeito, de seu governador e suas propostas pra poder cobrar depois, mas principalmente, sabendo qual é seu papel diante das eleições e de tudo o mais que a vida proporciona, tendo consciência social pra refletir e estar contra as opiniões da massa quando você achar que deve estar, e também pra se manifestar quando for necessário, com total amplitude de visão acerca do que está acontecendo no momento.
Até porquê nossa vida é recheada de escolhas, a todo momento temos que tomar alguma importante decisão, mais ou menos importantes de acordo com nossos valores individuais, mas que vão de qual caminho escolher pra chegar mais rápido à escola ou em quem votar pra presidente, ou até aceitar um convite de casamento ou não, ou mudar de emprego ou não.
Todas essas escolhas são feitas através de um senso de valor que temos que inconscientemente nos direciona para qual decisão tomar, mais compatíveis com sua religião, educação e postura diante da vida, então refletir é um bom começo para tomar boas decisões e fazer boas escolhas.
É, escrever está mesmo praticamente impossível com essa coisa de mudança de função empregatícia e eventos acadêmicos em ação, mas tenho pensado muito acerca de muitas coisas e provavelmente essas idéias ressurgirão em algum momento e servirão de instrumento pra outros textos em outro momento, ou então darão lugar à reflexões ainda mais complexas, já que segundo o doidão do Einstein, a mente que se abre pra um idéia nova jamais volta ao tamanho inicial, assim de reflexão em reflexão deve acontecer alguma evoluçãozinha (rs.).
Então, nessa onda sereno-introspectiva, vamos refletindo daqui até o dia 30 em quem vamos votar pra presidente, quem sabe consigamos fazer uma boa escolha...
Fico tentada a escrever sobre tudo, ou pelo menos quase tudo... mas aí vem as obrigações, os milhões de afazeres da vida cotidiana e escrever acaba sendo impossível... (vc deve ouvir isso frequentemente, de fato estou repetindo esse discurso)
Mal sobra tempo pra escrever coisas bobas e raras como uma mensagem à um amigo, imagine parar pra dedicar um tempo danado a escrever um texto pra colocar todas as idéias que explodem na minha cabeça em um papel.
Há um turbilhão de assuntos que eu gostaria de opinar, produzir artigos de opinião mesmo, sabe? Escrever sobre política, segundo turno das eleições e palhaçada no horário eleitoral..., o clima que está uma loucura, praticamente todas as estações em um só dia como diz a Rô ..., o preço do alho que me deixou doida na última ida ao supermercado..., a violência no Rio de Janeiro insana e impulsiva exterminando crianças..., é tanta coisa... tantas idéias rondando minha cabeça, tantos livros que eu leio ao mesmo tempo e que acabo assimilando somente metade do que gostaria... tantos quadros que eu quero pintar... tanta arte que vem à mente e a falta de tempo do mundo capitalista batendo à minha porta junto com o peso dos verbos madrugar + estudar + trabalhar + estudar e talvez comer + dormir + agregados... é a correria da vida que embrulha tudo mesmo... Guimarães Rosa estava certo... é efemeridade “all the time”... é a loucura dos dias passando voando sobre nossas cabeças adormecidas guiadas por um sabe se lá de onde e do quê piloto automático...
De fato o único problema é que, embora escrever faça parte dos meus planos diários, infelizmente ainda não consigo prover minha renda dessa infinita e maravilhosa arte da letra, o que sobra é uma vontade absurda de colocar no papel milhões de coisas doidas que penso toda hora sobre tantas das coisas que acontecem.
E ultimamente tem acontecido tanta coisa absurda que as coisas doidas que eu penso estão parecendo normais. Só sei que tem humorista virando deputado e ladrão tentando ser de novo. Sei também que tem político fazendo campanha apelando pra baixaria e falácia que nem eleição pra reitor em universidade monopolizada pela corrupção de folders sobre vida íntima de adversário entre outras coisas...
Sei que o Rio de Janeiro está mais perigoso do que Afeganistão em tempos de guerra e que tem criança morrendo com tiro a queima roupa na porta de casa.
Mas infelizmente não dá tempo pra gente parar pra ficar pensando nisso... nossa vida também está correndo junto com o tempo... nossa vida não pára que prestemos atenção no que acontece ao nosso redor. Estou tentada a acreditar que esse individualismo é curso natural de nosso processo de evolução (será ?!).
Sei mais do que tudo que embora o mundo esteja de ponta cabeça, não dá pra permitir que nossa vida fique de pernas pro ar também, então nos apoderamos do discurso da falta de tempo pra nos confortarmos com nossa inércia diante dos acontecimentos do mundo.
De fato, grande parte das coisas que acontecem são para nós inalcançáveis e não podemos fazer nada acerca da situação, entretanto, o que eu acho inevitável é parar pra pensar acerca do que ocorre em volta de você mesmo, e ao mesmo tempo olhar pra si e perceber seu papel no mundo como alguém que não pode ficar alheio.
Participar ativamente da sociedade não é somente pensar acerca das coisas que acontecem, mas certamente fazer esse exercício é grande parte do processo, porque se não compreendemos o que está acontecendo ao nosso redor não sabemos que atitudes devemos tomar, e para participar tomando atitudes é necessário pensar acerca do que se vai fazer.
Sob esse contexto é que penso que há sim um comodismo de grande parte das mentes pensantes em dedicar seu tempo ao reflexo acerca do que acontece fora de si, o mundo exterior tem parecido cada vez mais distante de nós. Mas há também uma parte dos seres pensantes que sequer percebem o que acontece ao seu redor, estão adormecidos ou pelo correr da vida embrulhante e ácido, ou pela pura ignorância proposital ou não. E a porcentagem da população que me da medo é justamente a adormecida propositadamente, a que não vê nada ao seu redor porque não lhe convém ver, é o puro egocentrismo.
Tenho certeza que estou longe de ser um Carlos Minc no que diz respeito à postura socialmente correta (faço o que falo e etc.) (pelo menos até onde eu sei... vai saber...), mas não vendei meus olhos diante do mundo, aliás quanto mais eu olho pra o que há em mim, mais fico aberta a compreender o que acontece fora de mim.
Parece papo de professor de Yoga, e até acho que seja, mas estou numa vibe de autoconhecimento por causa da Gnoses (que eu já mencionei outra vez, mas nunca detalhei, ainda é incógnito também pra mim), então minha mente tem funcionado mais ou menos numa de pintar quadrinhos coloridos em casa e fazer arte sustentável com recorte de revista, vendo a vida com olhos impressionados com a rapidez com que tudo passa e vai embrulhando os valores da gente. Daí, nessa onda mais serena, optei por não ficar alheia ao universo que existe fora de mim, mas pra entendê-lo, percebi que precisava entender primeiro o que havia em mim (papo de filósofo, agora) e estou passando por um processo de vida dupla, uma de dentro e uma de fora (papo de bipolar dessa vez, rs.) tentando compreender o mundo e as coisas sem deixar inerte o incontrolável questionador que existe em mim.
Pode não dar tempo de escrever tudo que eu penso, talvez justamente porque eu pense muito e as vezes até perca as divagações, talvez fosse preciso andar com um bloquinho de anotações, aliás como seria bom se nosso cérebro registrasse tudo e passasse pra um pen drive depois, né? (rs.)
Mas o que realmente importa é não deixar de perceber o mundo ao redor, não ficar cego diante das injustiças, dos erros, das impunidades, da violência, da corrupção (que também é uma forma de violência). O que de fato importa é não deixar o mundo acontecer fora de nós sem perceber que fazemos parte dele e precisamos nos auto-conhecer pra entendê-lo. É participar da criticidade, sabendo em quem está votando e porquê, sabendo o nome do seu prefeito, de seu governador e suas propostas pra poder cobrar depois, mas principalmente, sabendo qual é seu papel diante das eleições e de tudo o mais que a vida proporciona, tendo consciência social pra refletir e estar contra as opiniões da massa quando você achar que deve estar, e também pra se manifestar quando for necessário, com total amplitude de visão acerca do que está acontecendo no momento.
Até porquê nossa vida é recheada de escolhas, a todo momento temos que tomar alguma importante decisão, mais ou menos importantes de acordo com nossos valores individuais, mas que vão de qual caminho escolher pra chegar mais rápido à escola ou em quem votar pra presidente, ou até aceitar um convite de casamento ou não, ou mudar de emprego ou não.
Todas essas escolhas são feitas através de um senso de valor que temos que inconscientemente nos direciona para qual decisão tomar, mais compatíveis com sua religião, educação e postura diante da vida, então refletir é um bom começo para tomar boas decisões e fazer boas escolhas.
É, escrever está mesmo praticamente impossível com essa coisa de mudança de função empregatícia e eventos acadêmicos em ação, mas tenho pensado muito acerca de muitas coisas e provavelmente essas idéias ressurgirão em algum momento e servirão de instrumento pra outros textos em outro momento, ou então darão lugar à reflexões ainda mais complexas, já que segundo o doidão do Einstein, a mente que se abre pra um idéia nova jamais volta ao tamanho inicial, assim de reflexão em reflexão deve acontecer alguma evoluçãozinha (rs.).
Então, nessa onda sereno-introspectiva, vamos refletindo daqui até o dia 30 em quem vamos votar pra presidente, quem sabe consigamos fazer uma boa escolha...
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
E choveu
Porque choveu no meu céu...
O azul ficou de um tom tão belo...
E a casa tão aprumadinha...
Tô feliz que só...
Notícias boas têm estado na página principal do meu jornal...
E qualquer visita ruim dos sonhos de barriga cheia não mudarão meu humor...
tô vestida e armada com as armas de Jorge...
Tem flores no jardim da minha alma... e na esquina da minha casa também...
E choveu...
quando chove eu fico mais forte!!!
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